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sábado, 14 de janeiro de 2012

Pão de Açúcar, onde o Rio nasceu! - (Urca)


O Pão de Açúcar, além de ser um dos principais cartões postais brasileiros, tem o privilégio de ser o 1º sítio onde a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada. Foi escolhido por ter um caráter essencialmente estratégico, pois oferecia posição privilegiada na defesa da Baía de Guanabara. Nos demais aspectos, porém, deixava muito a desejar, pois, não tinha fonte de àgua próxima, nem espaço para expandir à recém fundada cidade. Além disso, não era muito seguro quanto ao ataque de índios. Por todos esses fatores, a cidade foi transferida para o Morro do Castelo, local que oferecia segurança, espaço para expansão e àgua muito mais próxima.

Ver: Rio da Carioca

De qualquer forma, foi em algum ponto entre o Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão, que Estácio de Sá, o fundador da cidade, colocou pela primeira vez o marco de fundação da cidade (hoje exposto dentro da igreja dos capuchinhos, na Tijuca) e proferiu as proféticas palavras que aqui sempre encerram as postagens referentes à cidade do Rio de Janeiro:

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Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo

ESTÁCIO DE SÁ - 1565

Veja também: Ladeira da Misericórdia, Monumento à Estácio de Sá

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Foto: Vinício Antônio Silva. Pão de Açúcar, visto da praia de Botafogo, durante a Meia Maratona do Rio 2011 - Botafogo. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.

Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.

Pontos de Interesse: Rio de Janeiro Turismo Histórico e Cultural

Estrada (ou Caminho) Imperial - (Vários Bairros do Rio)

| 2015: 450 Anos de Rio de Janeiro! | Confira Nosso Calendário de Eventos! | |

Quem passa em Vila Valqueire ou em Cascadura, por exemplo, já deve ter visto algumas placas vermelhas, colocadas pela prefeitura, indicando que ali é (ou melhor, era) o "Caminho Imperial" (foto). Infelizmente a prefeitura não indica mais do que isso. Então, O Bom do Rio, joga um pouco de luz sobre o tema.

O Caminho Imperial, ou Estrada Imperial, era o nome dado à estrada que ligava o Morro do Castelo, no Centro e São Cristóvão, na Zona Norte até Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Essa estrada é a antiga Estrada dos Jesuítas, assim chamada por ter sido aberta para acessar a antiga fazenda que essa ordem religiosa possuía em Santa Cruz.

Após terem sido expulsos do Brasil, muitas possessões dos Jesuítas foram absorvidas pela administração portuguesa, inclusive a Fazenda de Santa Cruz, uma das maiores e mais produtivas que existia em toda a atual Zona Oeste da cidade.

O caminho utilizado pelos Jesuítas, passou a ser chamado a partir de então de Estrada Imperial, Caminho Imperial, ou, ainda de Estrada de Santa Cruz.

Foi usado pela Família Real, quando a mesma saía do Palácio de São Cristóvão (o atual Museu Nacional) para a Real Fazenda.

Dizem as lendas que a àrea conhecida até hoje como "Moça Bonita", em Bangu, era chamada assim por D. Pedro I, ao se referir à uma moradora da região.

A Fazenda Real virou Imperial, e depois o matadouro da cidade; a linha do trem chegou; a população de toda a região cresceu; chegaram indústrias (ver Fábrica Bangu) e quartéis das três forças armadas, mas o antigo caminho dos Jesuítas continua aberto e funcionando até hoje, quase sem nenhuma alteração, apenas muda de nome em alguns bairros: Avenida Santa Cruz, na Zona Oeste; Avenida D. Helder Camara, na Zona Norte; Intentende Magalhães, na Vila Valqueire; rua da Feira, em Bangu; Marechal Fontenelle, em Realengo; Ernani Cardoso, em Cascadura; Cesário de Melo, em Campo Grande.

No século 19 existiam 11 marcos de pedra, os chamados Marcos Imperiais que mensuravam a distância da Estrada. Atualmente apenas 3 desses marcos existem, o marco 6, em Bangu; o marco 7, em Santíssimo e o marco 11, em Santa Cruz, esse último está situado com grande destaque em uma praça no centro do bairro.

Em resumo é isso que faltou à Prefeitura informar em relação ao "Caminho Imperial" indicado pelas placas vermelhas.

Veja também: Ainda Sobre Subúrbios, Fábrica Bangu, Fonte Wallace - Santa Cruz, Igreja de São Sebastião e Santa Cecilia, Vila Militar

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Foto: Vinício Antônio Silva. Placa indicando o Caminho Imperial - Cascadura. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”

ESTÁCIO DE SÁ - 1565

Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.

Pontos de Interesse: Rio de Janeiro Turismo Histórico e Cultural

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ladeira da Misericórdia - (Centro)

| 2015: 450 Anos de Rio de Janeiro! | Confira Nosso Calendário de Eventos! | |

A Ladeira da Misericórdia, próxima à Praça 15, é um testemunho histórico no Centro do Rio: trata-se do último vestígio do antigo Morro do Castelo, que existia naquela região.

O que tornava o Morro do Castelo um terreno histórico é que foi o local escolhido para sediar o segundo sitio de assentamento da cidade, já que o terreno da fundação original, um ponto incerto próximo do Pão de Açúcar, era estratégico, mas não apresentava vantagens para se consolidar uma cidade. O Morro do Castelo oferecia condições de defesa do território e também para que a nova cidade pudesse se expandir, o que de fato ocorreu, e todas as primeiras ruas do atual Centro do Rio tiveram a sua origem no Morro do Castelo; sendo que a primeira de todas elas foi a atual Rua Primeiro de Março, a antiga Rua Direita, de onde derivaram grande parte das ruas do Centro da cidade.

Nos anos 20 do século 20, porém, decidiu-se demolir o Morro do Castelo, sob pretexto de melhorar a circulação do ar no Centro do Rio. A cidade perdia assim, pela segunda vez, a sua origem. Ganhou a chamada Esplanada do Castelo, com prédios comerciais, avenidas e praças; do Morro do Castelo original, restou apenas a melancólica Ladeira da Misericórdia, que não leva a lugar nenhum.

Em tempo, o rapaz com capa amarela que aparece na foto é um lixeiro que estava fazendo a limpeza do terreno ao lado da ladeira.

Arredores: Arco do Telles, Espaço Cultural da Marinha, Museu Histórico Nacional, Museu Naval, Paço Imperial, Restaurante Albamar

Veja também: Morro da Viúva

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Foto: Vinício Antônio Silva. Ladeira da Misericórdia, último vestígio do Morro do Castelo - Centro. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”

ESTÁCIO DE SÁ - 1565

Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.

Pontos de Interesse: Rio de Janeiro Turismo Histórico

Confeitaria Colombo - (Centro)


A secular Confeitaria Colombo é uma referência histórica no Centro do Rio de Janeiro. Construída em 1894, mantém a decoração e o cardápio fiéis às origens, quando representantes das elites sociais e homens de negócio desfilavam pelas estreitas ruas do Centro.

Por ocasião de sua inauguração, a Confeitaria Colombo foi considerada não só o melhor e mais luxuoso estabelecimento comercial da cidade, mas do país. Era comparável com as melhores confeitarias existentes na Europa. Outro grande motivo de orgulho da casa é ser considerada, merecidamente, um patrimônio histórico e cultural da cidade do Rio de Janeiro.

Rua Gonçalves Dias, 32 - Centro.

Veja também: Real Gabinete Português de Leitura

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Foto: Vinício Antônio Silva. Interior da Confeitaria Colombo - Centro. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”

ESTÁCIO DE SÁ - 1565

Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.

Pontos de Interesse: Rio de Janeiro Turismo Histórico e Cultural

Perimetral: A Quilométrica Tábua das Palavras do Profeta Gentileza - (Àrea Portuária)


Nas colunas do viaduto da Perimetral, construção que corta a zona portuária do Rio (Caju, Gamboa e Saúde), ligando-a ao Centro, existem diversos trechos da filosofia do "Profeta Gentileza", figura lendária que durante vários anos pregou a gentileza entre as pessoas. Diversos textos do Profeta foram apagados pelo tempo ou por vândalos, mas os 56 que foram pintados nas colunas da Perimetral são preservados até hoje, mantendo viva a mensagem do Profeta.

Na verdade seu nome era José Datrino e sua pregação começou após presenciar o incêndio criminoso no Gran Circus Norte-Americano, tragédia ocorrida em 1961 na cidade de Niterói. No princípio agia consolando os parentes das vítimas do incêndio, em que morreram cerca de 500 pessoas, em sua maioria crianças. Anos depois veio para o Rio, onde, na década de 80 iniciou a pintura dos murais, muitos dos quais são os que podem ser vistos até hoje preservados nas colunas da Perimetral.

Figura controversa, Gentileza costumava ser moralista e até mesmo grosseiro com mulheres de minissaias (eu mesmo presenciei algumas vezes ele discursar, não muito amistosamente, contra mulheres usando essa peça de roupa). Por causa disso nem todas as pessoas tem boas recordações dele...

De qualquer forma, parte da obra que o Gentileza espalhou na àrea central e portuária permanece preservada e está ali, para ser observada e estudada, sim, as palavras do Profeta são analisadas em cursos superiores.

Gentileza faleceu em 1996, aos 79 anos e o seu estilo de grafar suas mensagens é copiado em camisetas e em grafites, alguns, inclusive criticando e ironizando o velho Profeta.

Veja também: Grafites

Arredores: Igreja de Nossa Senhora da Saúde, Igreja de São Francisco da Prainha, Pedra do Sal

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Foto: Vinício Antônio Silva. Trecho da filosofia do Profeta Gentileza em coluna da Perimetral - Saúde. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”

ESTÁCIO DE SÁ - 1565

Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.

Pontos de Interesse: Rio de Janeiro Turismo Cultural e Histórico

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Catedral Presbiteriana - (Centro)

A Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro é uma das únicas edificações neogóticas do Centro (ver Ilha Fiscal). Com mais de 150 anos de história, a igreja é um marco arquitetônico, de pluralidade cultural e tolerância religiosa que sempre caracterizaram a cidade do Rio de Janeiro.

A Catedral fica ainda mais bela à noite (foto) com a iluminação que realça os contornos de sua estrutura, revelando um jogo de luzes e sombras de dramaticidade sem igual.

Outras igrejas: Capela Mayrinck, Igreja de Nossa Senhora da Candelária, Igreja de Nossa Senhora da Penna, Igreja de Nossa Senhora da Saúde, Igreja de São Francisco da Prainha, Igreja de São Sebastião e Santa Cecília

Arredores: Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, Real Gabinete Português de Leitura

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Foto: Vinício Antônio Silva. Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro - Centro. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”

ESTÁCIO DE SÁ - 1565

Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.

Pontos de Interesse: Rio de Janeiro Turismo Histórico e Religioso

Real Gabinete Português de Literatura - (Centro)

O Real Gabinete Português de Literatura possui a maior biblioteca de autores portugueses fora de Portugal com mais de 350.000 volumes em seu acervo. É também um dos poucos edifícios no Rio que segue o estilo neomanoelino, caracterizado fundamentalmente pelas referências às grandes navegações e às coisas do mar.

Possui uma sala de leitura (foto) que é envolvida pelos 3 níveis de estantes trabalhadas exibindo a valiosissima coleção. No teto uma bela clarabóia ilumina a sala de leitura completando o ambiente.

No outro lado da rua, quase em frente ao Real Gabinete, não poderia faltar, um busto de Camões e um conjunto de mastros com bandeiras históricas do Brasil ao longo do tempo.

O Real Gabinete foi o palco das primeiras reuniões da Academia Brasileira de Letras, antes que a mesma tivesse uma sede própria.

Veja também: Biblioteca Nacional

Arredores: Catedral Presbiteriana, Confeitaria Colombo

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Foto: Vinício Antônio Silva. Salão de Leitura do Real Gabinete Português de Literatura - Centro. Rio de Janeiro: Capital Cultural Brasileira.
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“Levantemos a cidade que ficará por memória do nosso heroísmo e do exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo”

ESTÁCIO DE SÁ - 1565

Vinício Antônio Silva é guia credenciado pela EMBRATUR e fotógrafo amador.

Pontos de Interesse: Rio de Janeiro Turismo Cultural e Histórico